APROXIMAÇÃO ENTRE WOJTYLA E FRANKL EM RELAÇÃO AO AMOR E À AUTOTRANSCENDÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.7435/my10gz43Palavras-chave:
Antropologia, Logoterapia, Personalismo, Sentido da Vida.Resumo
O presente trabalho objetivou fazer uma aproximação entre pontos da filosofia personalista de Karol Wojtyla em relação ao amor e conceitos da antropologia de Viktor Frankl relacionados à autotranscendência. Trata-se de pesquisa do tipo qualitativa de natureza exploratória e explicativa, onde foi realizada uma pesquisa bibliográfica, na qual explorou-se textos e teóricos nas obras e conferências dos referidos autores, além de seus próprios escritos. O conceito de amor relacional que faz o homem sair de si e ir ao encontro do outro em Wotjyla e a Antropologia de Frankl deram suporte para buscar os consensos e complementos entre os autores. Para ambos os autores, o homem possui uma unicidade e irrepetibilidade e ainda uma totalidade unificada, na qual há uma dimensão espiritual. Neste sentido, enquanto o personalismo de Wojtyla estimula uma resposta e a refutação ao individualismo, a teoria otimista e humanizadora de Frankl supera os reducionismos e cinismos que se espalham na psicoterapia. O amor humano é campo fértil para provocar o homem à autotranscender-se e encontrar seu lugar fora de si mesmo, em uma resposta de amor. Faz-se notar que o conceito de amor de Wojtyla e a autotranscendência de Frankl, parecem soar - salvo a individualidade de cada autor - em uníssimo quanto àquilo que é constitutivo do ser pessoa.